O tempo de permanência de Eduardo Campos, na festa dos 70 anos do senador Jarbas Vasconcelos, não foi de quem passou por ali só para fazer “o social” ou cumprir obrigação. O socialista gastou três de suas concorridas horas na Arcádia do Paço Alfândega. Chegou por volta das 21h e só deixou “a pista” por volta da 00h acompanhado de Renata Campos e do presidente do PSB, Sileno Guedes.
Ao que transpareceu, já não resta qualquer clima de forçação de barra. A reconciliação, que começou a engatinhar há cerca de oito meses, dá sinais de que estendeu-se às equipes de ambos, atingindo um grau de entrosamento do qual o aniversário foi retrato. Se Eduardo foi embora da festa, o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, ficou bem mais tempo - em conversas de pé de ouvido com o deputado Raul Henry. Zero sinal de incômodo. Ao contrário. E quando Tadeu e Raul resolveram deixar o recinto, quase na mesma hora, - já passava, e muito, da 00h - o secretário-geral do PSB, Adilson Gomes, continuou confortável e levou horas de papo com Jarbas numa das mesas dos “resistentes” a encerrar o congraçamento. Adílson foi muito ligado a Jarbas quando o senador fora presidente do PMDB no Estado. Era a peça-chave que acompanhava Jarbas pelos interiores adentro. Entretanto, assim como Dorany Sampaio fez opção por manter-se aliado a Jarbas, quando este e Arraes romperam, Adilson resolveu ficar do lado do avô de Eduardo. Quinta-feira foi o dia de quem não se via, há muito tempo enterrar lacunas de 20 anos. Foi-se o tempo.Folha Política