sexta-feira, agosto 31, 2012

RECIFE - Ala do prefeito prevê derrota no 1º turno


GILBERTO PRAZERES, da Folha de Pernambuco

O crescimento da candidatura de Geraldo Julio (PSB) na sucessão recifense, evidenciado na última pesquisa do Datafolha, é considerado “um caminho sem volta” por muitos dos membros do grupo comandado pelo prefeito João da Costa (PT), que se mantém distante da campanha do senador Humberto Costa. Nesta quinta (30), antes de iniciar uma reunião para discutir a sua participação no pleito, membros do bloco indicaram, em reserva, que o candidato à Prefeitura não conseguiria reverter as adversidades que estão se acumulando no caminho de sua campanha, ao ponto de ser derrotado já no primeiro turno pelo socialista. “É uma situação muito complicada e difícil demais de ser revertida. Do jeito que a coisa vai, não vai ter segundo turno. Geraldo leva já no dia 7 de outubro”, analisou um dos integrantes da ala petista que se reuniu, no início da noite, no Sindicato dos Gráficos, em Santo Amaro. Alguns dos componentes do bloco entendem que, pelo tamanho da campanha de Geraldo Julio e por ainda faltar “muito tempo para a eleição”, haveria margem para o socialista alcançar os 51% necessários para evitar a segunda fase. No entanto, presente no encontro, o prefeito João da Costa não quis emitir opinião sobre o assunto. “Não vou falar sobre isso. Essas coisas têm que ser perguntadas a quem é candidato”, argumentou. Além do prefeito, participaram da reunião o presidente municipal do PT, Oscar Barreto, o vereador Osmar Ricardo, a deputada estadual Teresa Leitão, o ex-presidente do partido e postulante a vereança, Jorge Perez, o membro da direção nacional, Gilson Guimarães, entre outros.Contudo, alguns dos presentes demonstraram preocupação com a possibilidade de a queda do candidato majoritário prejudicar consideravelmente a chapa proporcional. “Isso é ruim para os candidatos a vereador. O voto de legenda vai diminuir, dificultando mais a eleição. Se Humberto continuar caindo, vai nos prejudicar bastante”, observou um aliado do prefeito, que pediu reserva. Conforme a reportagem apurou, no final da noite, na reunião ficou decidido que os aliados de João da Costa não se empenharão pela campanha do senador, já que a administração da Capital sequer é citada no guia eleitoral.