terça-feira, janeiro 29, 2013

Governo aumenta gasolina em 6,6% a partir da meia-noite de quarta-feira


Diario de Pernambuco - Diários Associados
Nos postos do Recife e de Olinda, o preço médio por litro é de R$ 2,68, segundo a ANP (Daniel Ferreira/CB/D.A Press)
Nos postos do Recife e de Olinda, o preço médio por litro é de R$ 2,68, segundo a ANP
A Petrobras informou na noite desta terça-feira (29) que vai aumentar o preço da gasolina e outros derivados do petróleo a partir de meia-noite. Segundo a estatal, a alta será de 6,6% para a gasolina e de 5,4% para o diesel. Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais CIDE e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS.

"Esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo", informou a Petrobras em nota à imprensa.

De acordo com a última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), realizada na semana passada, o preço médio da gasolina nos postos do Recife e Olinda é de R$ 2,68. Em Jaboatão dos Guararapes, o custo nas bombas é um pouco menor: R$ 2,646. Com o reajuste nas refinarias, esse preço médio deve ser acrescido em R$ 0,17, o que daria um preço mínimo de R$ 2,85 por litro na capital pernambucana. Ao todo, a ANP pesquisou as tabelas aplicadas por 116 postos de combustível nas três cidades.

Repercussão
No início do mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central projetou o reajuste no preço da gasolina em torno de 5% para o acumulado deste ano. Na ocasião, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 7,25% ao ano.

O vice-presidente Michel Temer também já havia admitido o aumento. O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antônio Henrique Siqueira, também confirmou a defasagem dos preços da gasolina em aproxidamente 7% - valor próximo aos 6,6% anunciados pela Petrobras -, mas disse que “não havia decisão do governo” sobre o aumento de preços do produto.

No fim de 2012, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou que o aumento no preço dos combustíveis ocorreria no “momento certo”. Na ocasião, Mantega negou que houvesse demanda da Petrobras para que o reajuste chegasse a 15%.