Com base nas últimas pesquisas, a cúpula nacional do PT já deve ter chegado à conclusão de que a batalha do Recife está quase perdida. O partido não conseguiu a sua unidade, haja vista o prefeito João da Costa encontrar-se ausente da campanha, e se equivocou redondamente na montagem da chapa. Em vez de colocar João Paulo na cabeça, que eleitoralmente é o seu quadro mais forte, optou-se pelo nome de Humberto Costa na suposição de que ele uniria os partidos da Frente Popular.Só que o senador entrou tarde na disputa. Quando foi ungido candidato pela cúpula nacional do seu partido, em São Paulo, o governador Eduardo Campos já tinha obtido o aval de 13 dos 18 partidos da sua base de sustentação para a candidatura de Geraldo Júlio. Ele identificou com base em pesquisas qualitativas um certo cansaço do eleitor da capital em relação ao “petismo”, desde a última eleição presidencial, quando Dilma Rousseff só conseguiu no Recife 42% dos votos válidos (1º turno). Com chances remotas no Recife, portanto, só resta ao PT jogar suas fichas em duas importantes capitais onde ainda pode vencer a eleição: Belo Horizonte e São Paulo. Na primeira, o ex-ministro Patrus Ananias pode endurecer o jogo com Márcio Lacerda, candidato do senador Aécio Neves. E, na segunda, o ex-ministro Fernando Haddad está em processo de crescimento lento, mas contínuo, contra José Serra e Celso Russomano, com uma grandes possibilidades de chegar ao segundo turno.Fogo Cruzado
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