Janaina Nunes | Em Off – BRT
Uma virada de poltrona (ok, primeiro tem de apertar um botão) nunca foi tão desejada. Quando o telespectador vê e ouve um bom e carismático candidato soltando a voz no "The Voice", só falta gritar para tentar fazer um dos técnicos virar e receber de braços abertos o futuro talento. Dificilmente um programa que faça o público torcer tão intensamente dá errado. E a audiência de estreia é prova disso: a média foi de 15 pontos (cada ponto equivale a 60 mil domicílios). E foi merecido: a edição estava ótima, o suspense e a falta de informação visual do jurados funcionou, Tiago Leifert não atrapalhou em nada, se fez de telespectador e de ombro amigo dos familiares e, o melhor, os candidatos eram bons (o que era aquela Ellen?), até mesmo os que não passaram.
Para o primeiro dia, deu tudo certo ( até as mensagens do Twitter) Claro que a disputa para conquistar o participante que foi aprovado (por mais de dois técnicos) gerou piadas bem chatinhas. Outra coisa que não é tão legal: um número razoável de candidatos cantou em inglês (afinal, é uma versão tupiniquim), mas foi só . No resto, o reality musical da Globo foi bem. E não precisou ridicularizar ninguém. Ver um técnico arrependido por não ter escolhido, por exemplo o indígena Yuri, mostrou que qualquer um está sujeito ao erro. Vamos ver se o programa continuará assim.