quarta-feira, setembro 05, 2012

Sem interessados na sua compra, Usina Catende pode ser transferida para o controle dos trabalhadores


 Blog de Inaldo Sampaio 

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alexandre_andrade_lima - foto divulgação AFCP
O retorno do funcionamento da Usina Catende voltou a ser debatido ontem após a decisão do juiz da 18º Vara Cível do Recife, Silvio Beltrão, sobre o pedido de adjudicação da massa falida pelos trabalhadores requerido pelo advogado Bruno Ribeiro.
O juiz aprovou o pleito do advogado, mas com algumas ressalvas. Por exemplo: seus cerca de 2 mil ex-funcionários precisam confirmar interesse em receber os bens da usina como forma de pagamento das dívidas. Eles têm um prazo de cinco dias para darem uma resposta ao magistrado.
De imediato, a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) externa apoio aos trabalhadores para efetivar a adjudicação.
Além disso, os trabalhadores precisam criar uma sociedade de credores, informando o respectivo valor de cada credor, junto ao Ministério Público, no período de 30 dias.
E ainda devem esperar a posição dos outros credores, que incluem fornecedores de cana, bancos e empresas de prestação de serviços sobre a concordância ou não com a posição do juiz em relação à adjudicação por parte dos ex-funcionários.
“A efetivação da adjudicação dependerá ainda de outros critérios, mas a posição do governo federal será fundamental”, disse o presidente da AFCP, Alexandre Andrade Lima. O dirigente diz que o Banco do Brasil detém sozinho cerca de 60% de todo o passivo da massa falida, logo, a posição da instituição será determinante sobre o sucesso do processo.