(Foto: José Accioly/Blog da Folha)















Na condição de recém-aliado da Frente Popular articulada pelo PSB do governador Eduardo Campos no Recife, ao mesmo tempo em que figura um forte “ranço” ao PT, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) adotou a postura de sair em defesa do líder socialista, em ato do prefeiturável Geraldo Julio (PSB), candidato na capital, no ateliê do artista plástico Ferreira, neste domingo (2). Livre para criticar tanto o ex-presidente Lula quanto o PT, o peemedebista “bateu” forte contra as recentes declarações do maior cacique do Partido dos Trabalhadores. Jarbas taxou de “desproposital”, “extravagante” e “inusitada” a postura de Lula contra o gestor do Estado,  onde colocou a pecha de foi Eduardo quem rompeu com o PT, lançando postulação própria e se aliando com um dos seus maiores adversários.
Em ato em favor do candidato em Belo Horizonte, Patrus Ananias, na sexta (31), o ex-presidente Lula – em recado ao PSB – cravou que os socialistas não estariam no governo se não fosse pela ajuda dele e do PT.
“O que Lula falou em Belo Horizonte não acredito que ele venha falar aqui para um correligionário dele. Eu não sou correligionário de Lula, mas Eduardo é aliado dele. Eduardo faz parte da base do governo de Lula, ao contrário de mim. Querer taxar Eduardo disso e daquilo me parece uma coisa completamente despropositada. A questão de Lula chamar Eduardo de traidor é um negócio altamente extravagante, inusitado, uma coisa que custa a crer”, colocou o peemedebista, acrescentando que “custa a crer” se o ex-presidente repetirá o mesmo discurso em ato no Recife. “É uma coisa tão despropositada”.
Jarbas Vasconcelos condenou a posição de setores do PT de quererem nacionalizar a eleição em três capitais onde o partido do ex-presidente Lula e o PSB estão em confronto direto: Recife, Fortaleza e Belo Horizonte.
“A gente está disputando uma eleição municipal. Eu não vou nacionalizar e acredito que muito menos o governador vai querer. A questão do Recife é de província”, assinalou.