Um repórter foi agredido no domingo (16) durante cobertura da campanha eleitoral em Quixadá, distante 174 quilômetros de Fortaleza. Wal Alencar, do Sistema Monólitos de Comunicação, levou seis pontos no rosto e vai ficar afastado de suas funções por cerca de 30 dias. O acusado de ter cometido a agressão, Jacson Cabral, coordenador da campanha do candidato do PT na cidade, Ilário Marques, foi preso em flagrante por lesão corporal grave, mas liberado 24 horas depois, após obter habeas corpus.
A agressão ocorreu quando Alencar fazia reportagem sobre uma manifestação em frente a uma escola municipal na periferia da cidade. A denúncia era de que o prédio público estaria sendo utilizado pelo candidato do PT para uma reunião partidária, o que é proibido pela lei eleitoral. Alencar narrava a manifestação no momento em que recebeu um soco e a agressão foi registrada durante a gravação. Após sofrer o ataque, com o rosto sangrando, ele ainda comentou a agressão para a câmera e, em seguida, foi levado ao Instituto Médico Legal da cidade vizinha de Quixeramobim para exame de corpo de delito.
O assessor do candidato do PT negou a agressão e disse à polícia que esbarrou com o repórter por acidente. Também negou que a escola estivesse sendo utilizada para uma reunião política. “Ele disse que o candidato estava ali para o aniversário de uma criança”, disse o investigador Alex Pimentel. A reportagem não conseguiu contato nesta segunda-feira (17) com o repórter nem com o assessor acusado do ataque.O presidente do PT na cidade, Airton Buriti, disse desconhecer o episódio porque havia passado o dia fora da cidade. Com informações da Folha.com.