A coordenação jurídica da campanha da candidata ao Governo do Estado, Raquel Lyra (PSDB), entrou, nesta terça-feira (25/10), com uma interpelação criminal no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) contra a sua adversária Marília Arraes (Solidariedade). A ação foi motivada pela tentativa de Marília associar a morte de um adolescente interno na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) à gestão de Raquel enquanto secretária da Criança e Juventude, no governo de Eduardo Campos. Na época, Raquel estava de licença maternidade, portanto, afastada do cargo.
No documento, encaminhado ao TJPE, o jurídico de Raquel mostra a necessidade de Marília esclarecer as afirmações que a candidata tem feito, repetidas vezes, nos debates promovidos por emissoras locais. De acordo com a coordenação jurídica de Raquel, as declarações de Marília configuram a prática dos delitos de calúnia, difamação e injúria, podendo ser assegurado o direito de resposta.
Agora, a campanha de Raquel conseguiu uma liminar da Justiça para que sejam retiradas do ar as propagandas eleitorais mentirosas também sobre o assunto. A decisão, assinada pelo desembargador eleitoral Dário Rodrigues Leite, confirma que a propaganda de Marília apresenta fatos dissociados da realidade.
A campanha de Raquel está colocando no ar inserções que esclarecem em definitivo o caso na Funase repudiam a atitude de “vale tudo eleitoral” de Marília.
"Marília Arraes tá no modo ‘vale tudo eleitoral’. Ela tenta associar Raquel a uma tragédia que ocorreu há 10 anos na Funase. É uma farsa. Em 1º de setembro de 2012, um jovem foi assassinado em uma rebelião. Na época, Raquel estava de licença maternidade da Secretaria da Criança e Juventude. Ela nunca comandou a Funase e pediu demissão da secretaria por isso. Marília sabe e mesmo assim usa a dor de uma mãe para atacar Raquel, é desumano”, alerta a inserção.
Em direito de resposta que obteve no debate, Raquel afirmou:
“É lamentável que a candidata Marília Arraes utilize a dor de uma mãe nesse jogo que ela faz de um vale tudo eleitoral. Eu fui secretária da Criança e Juventude, nunca consegui indicar o presidente da Funase, que era indicação política feita pelo governador Eduardo Campos. O fato é que pedi demissão porque não consegui mudar o presidente da Funase. Na morte dessa criança, desse adolescente, eu estava de licença maternidade”.