O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo
Campos, deverá ir ao encontro da presidente Dilma Rousseff (PT), na
próxima semana, em Brasília. A data ainda não foi acertada. Apesar de a
pauta ser prioritariamente administrativa, o líder socialista também
levará alguns temas da sucessão no Recife, onde o PT e PSB protagonizam
em palanques opostos e vivem clima em “pé de guerra”. A informação
surgiu durante a posse dos novos comandantes da Polícia Militar e Civil
do Estado, na manhã desta sexta-feira (6).
Segundo informações obtidas pela reportagem da Folha,
o governador Eduardo não deverá se sujeitar a provocações de setores do
PT, sobretudo do prefeiturável Humberto Costa, devido ao lançamento de
uma candidatura no Recife. Desde que o nome de Geraldo Júlio (PSB) foi
confirmado, há duas semanas, petistas volta e meia colocam na conta dos
socialistas a culpa do rompimento na Frente Popular. Em defesa,
lideranças do PSB acusam o PT de perder as condições políticas e liderar
o processo de condução política da sucessão.
Ainda de acordo com informações de bastidores, a postura do
governador Eduardo Campos não deverá ser de ataques ao PT durante a
campanha eleitoral. Outra decisão que interlocutores do socialista
afirmam é que Eduardo também não deverá responder às provocações do
ex-ministro José Dirceu, que volta e meia solta farpas contra o gestor e
seu partido. “O governador não vai ficar respondendo provocações de uma
pessoa que daqui a um mês vai estar sentada no banco dos réus, no
julgamento do Mensalão”, cravou uma fonte da Folha.
Com informações de Jamille Coelho, da Folha de Pernambuco