domingo, junho 21, 2020

Deputado estadual Antonio Moraes (PP-PE), falou do rompimento da Barragem Guilherme Pontes, em Sairé (Agreste)

DADOS – Segundo Antônio Moraes,
que presidiu a Comissão das Barragens,
há 500 reservatórios de responsabilidade
do Estado e outros 120 abandonados.
Foto: Reprodução/Roberto Soares
Na quinta-feira (18/06), o deputado estadual Antonio Moraes (PP-PE), participou da reunião plenária por videoconferência da ALEPE-Assembleia Legislativa de Pernambuco. O rompimento da Barragem Guilherme Pontes, em Sairé (Agreste), ocorrido na última segunda (15), foi tema de pronunciamentos dos deputados Romero Sales Filho (PTB) e Antônio Moraes (PP). Na Reunião Plenária desta quinta (18), os parlamentares – que foram relator e presidente, respectivamente, da Comissão Especial das Barragens, que atuou no ano passado na Alepe –também abordaram a gestão desses equipamentos a partir das conclusões do colegiado. Segundo Antônio Moraes, que tratou do assunto no Grande Expediente, a Comissão das Barragens apurou que existem quase 500 represas sob responsabilidade do Estado e cerca de 120 abandonadas pelos donos e sem registro. Isso tornaria o trabalho de acompanhamento e manutenção ainda mais difícil. “Foi o caso da barragem de Sairé, que não tinha cadastro nem na Apac (Agência Pernambucana de Águas e Clima) nem na ANA (Agência Nacional de Águas)”, destacou. Moraes explicou que o relatório final do colegiado seria entregue ao governador Paulo Câmara, quando a pandemia interrompeu esses planos. Entretanto – continuou -, foram encaminhadas sugestões ao Executivo e algumas ações já foram concretizadas. “Recentemente, o Governo criou uma comissão para cadastrar todos os equipamentos, a Compesa instituiu uma Gerência de Barragens para realizar a manutenção dos reservatórios, e a Apac também implantou uma unidade para acompanhar a questão”, anunciou Moraes. O parlamentar defendeu um maior envolvimento das autoridades municipais. “Vou encaminhar um ofício à Apac propondo que os prefeitos sejam notificados a identificar as barragens, a fim de que que não sejamos surpreendidos”, frisou.Para o progressista, o trabalho realizado pela Comissão das Barragens foi muito importante e, graças a ele, várias iniciativas estão sendo tomadas. “O Governo do Estado já sabe que, se não houver manutenção, poderemos assistir a ocorrências graves envolvendo esses equipamentos”, concluiu.