quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Confusão e quebra-quebra na Câmara dos Vereadores de Agrestina

Wagner Gil

Paulo Sargento é presidente da Câmara e mostra Câmara revirada por conta da confusão /

O clima de tensão política cresce a cada dia em Agrestina, no Agreste do Estado, e na segunda (30) à noite, antes do início da sessão da Câmara de Vereadores, “pegou fogo”. Os vereadores Ivan Veras (PT, líder do governo), Zito da Barra (PP, vice-presidente da Casa), Gordo de Zelito (PP) e Marciano Filho (PTB) praticamente foram as vias de fato depois que Zito entregou ofício convocando Ivan a depor na Comissão Processante, que tem como objetivo cassar o mandato da prefeita Carmem Mirian (PT) – acusada pela oposição de não enviar corretamente o duodécimo (orçamento) do legislativo.Ao receber o ofício, Ivan Veras irritou-se porque, segundo disse, no segundo parágrafo do texto foi colocada a informação de que se ele não depor, pode ser cassado. “Eu não agredi ninguém, apenas disse que aquele ofício me convocando era uma palhaçada. Como ele vem fazer uma convocação dessas e, além de me ameaçar, esquece que eu sou o relator da Comissão Processante? Eles estão querendo criar caso e aparecer na mídia, pois não tem nada de concreto para cassar a prefeita”, afirmou.Segundo Ivan, Marciano Filho o teria agredido com um empurrão quando ele se aproximou de Zito da Barra, dizendo que rasgaria o ofício. Depois, Marciano e Gordo de Zelito foram brigar com a população no plenário.Segundo o presidente da Câmara, Paulo Sargento, o fato acabou gerando prejuízo ao Legislativo, já que dezenas de cadeiras foram quebradas e algumas levadas pela população. “Foi briga generalizada com simpatizantes dos dois grupos brigando e atirando cadeira para todos os lados”, relatou.A confusão se estendeu pelas ruas e só terminou após a chegada da polícia. Nas agressões, o aposentado José Soares da Silva, que acompanhava a sessão, acabou sendo ferido, segundo disse, por Gordo de Zelito. O JC tentou ouvir o vereador, mas seu telefone estava desligado. O presidente da Câmara sai em sua defesa, reforçando a tese de que o que houve foi “confusão generalizada”.JC