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Por Lucas
Pordeus Leon - Repórter da Rádio Nacional - Brasília - Com previsão de retorno das aulas presenciais
em todas as unidades da federação neste segundo semestre do ano, os Ministérios
da Saúde e Educação assinaram, nesta quarta-feira, uma portaria conjunta com
diretrizes gerais para o retorno seguro à sala de aula. A portaria traz os
protocolos de biossegurança já estabelecidos pelos ministérios, como trocar a
máscara de pano a cada três horas e manter distanciamento de pelo menos um
metro. Segundo
o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já foram distribuídas vacinas
suficientes para imunizar, ao menos com a primeira dose, todos os professores
do ensino básico. O ministro da Saúde ressaltou que em julho houve uma
queda de 40% no número de casos e óbitos pelo novo coronavírus. O Brasil
chegou, nessa terça-feira, pela primeira vez desde janeiro, a uma média móvel
de óbitos abaixo dos mil casos diários. Um levantamento do Conselho Nacional de
Secretários de Educação mostra que 18 das 27 unidades da federação já retomaram
as aulas presenciais na rede pública de forma híbrida, ou seja, mesclando o
ensino presencial com o remoto. A expectativa é que até setembro os demais
estados também iniciem o ensino presencial. Por outro lado, a rede particular
já aplica o modelo híbrido em todo o país. Durante a assinatura da portaria, o
ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu o retorno às aulas presenciais.
Um levantamento da Unesco mostra que o Brasil ficou, ao todo, 57 semanas com as
escolas fechadas, sendo um dos países que passou mais tempo sem aulas, ao lado
do Chile, Bolívia e Estados Unidos. A França, por exemplo, ficou apenas 12
semanas sem aula. A Inglaterra ficou 27 semanas e a Alemanha 38 semanas com as
escolas fechadas por causa da pandemia. Edição: Bianca Paiva / Beatriz Arcoverde