quarta-feira, setembro 12, 2018
ELEIÇÕES 2018: Jarbas, um misto de oportunismo e incoerência
Político admirado pelos serviços prestados a Pernambuco e reconhecido até então por manter uma conduta política marcada pela coerência, o candidato a senador Jarbas Vasconcelos parece ter sido seduzido pelo lado mais deplorável da política, a conveniência e oportunismo. Em uma discussão ocorrida em um grupo de whatshapp restrito à bancada federal de Pernambuco, o deputado federal e candidato a senador Sílvio Costa (Avante) teve coragem de chamar a atenção para a face mais reprovável de Jarbas ao questionar o comportamento oportunista do ex-governador que tenta surfar na popularidade que o ex-presidente Lula detém no Estado. De posse de uma imagem em que aparece Jarbas ao lado de Humberto Costa fazendo com os dedos o sinal de “L”, que refere-se a “Lula Livre”, Sílvio Costa deferiu duros, porém pertinentes ataques a Jarbas, chamando-o de “cínico, oportunista e mau-caráter”. Quem não se lembra do episódio em que Jarbas disse que “seria uma cena bonita de se ver Lula sendo preso já Lava-Jato”? Em evento recente Jarbas também foi flagrado segurando sem nenhum constrangimento a bandeira do PT, partido no qual até pouco tempo atrás proferia críticas ácidas. Líder nas pesquisas para o Senador, Jarbas não precisava se submeter a tamanho oportunismo e insensatez. A sua atitude o afasta do seleto grupo que fazem parte políticos como Roberto Magalhães, Gustavo Krause e Armando Monteiro Filho (In memoriam), figuras que preferiram manter a coerência a se render às marés da conveniência política mesmo que isto lhes custasse um insucesso eleitoral. Jarbas pode até ganhar a eleição, mas perde a sua identidade, além do respeito e admiração daqueles que valorizam no político a coerência, um predicado para poucos. Escrito por Wellington Ribeiro - Blog Ponto de Vista
