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Ninguém acreditou na ameaça feita ontem (30) pelo Tribunal Superior Eleitoral de substituir o voto eletrônico pelas cédulas de papel
por causa do corte de R$ 1,7 bilhão no orçamento do Poder Judiciário feito pela presidente Dilma Rousseff.
Logo que o corte foi anunciado, saiu uma portaria conjunta de presidentes de vários tribunais dizendo que, por falta de recursos para
comprar urnas eletrônicas, o Brasil retornaria ao tempo do voto impresso.
O anúncio foi considerado um “grave retrocesso” pelo ministro aposentado do STF, Carlos Vellozo, responsável pela implantação do voto
eletrônico no país quando presidia o TSE.
“Essa improvisação será danosa para o regime democrático”, disse o ministro Carlos Vellozo, segundo quem o voto eletrônico agilizou o
processo de apuração e reduziu o número de fraudes.
Em verdade, ninguém acredita que essa ameaça vá se consumar. Foi apenas um meio de pressão para que o Executivo reponha as verbas que
cortou do Poder Judiciário. Quem viver, verá!