Última alteração foi em 2011, quando foi aprovado um aumento de 8,60%
KLEBER NUNES - da Folha de Pernambuco
A Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe) concluiu os cálculos para a taxa de reajuste das tarifas de água. Depois de analisar a economia que a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) terá graças à medida do Governo Federal que reduziu e até excluiu alguns encargos e tributos da energia elétrica, a Arpe definiu em 5,19% o novo reajuste. A redução homologada foi de 2,65%, mas o impacto real da queda será de 2,79% sobre a taxa divulgada no início da semana, que foi de 7,98%. O consumidor sentirá a diferença na conta e no bolso a partir das leituras feitas do dia 20 de março em diante.
Com o aumento, a tarifa mínima, que custava R$ 26,23 antes do reajuste, passou para R$ 28,32 no primeiro cálculo da Arpe, e agora foi fechada em R$ 27,59. Já a tarifa social, paga pelas famílias de baixa renda, saltou de R$ 5,72 para R$ 5,91. “Simplificamos a conta da Arpe e reduzimos ainda mais. Essas novas taxas provam que cumprimos o prometido, estamos repassando integralmente para os pernambucanos a economia que teremos com a conta de energia, de abril até dezembro”, declarou o presidente da Compesa, Roberto Tavares.
O reajuste da tarifa é definido a partir do cálculo da variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado para compensar o efeito da inflação nas tarifas da Compesa decorrente das despesas de exploração que equivalem a 80,7% dos gastos da empresa. Também faz parte das contas o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que determina, por exemplo, o indexador para a energia elétrica, correspondendo a 19,2% dos custos.
A última alteração foi em 2011, quando foi aprovado um aumento de 8,60%. Ano passado, quando a tarifa deveria ser reajustada, a Compesa solicitou à Arpe o adiamento do aumento por causa da campanha de arrecadação de créditos de clientes inadimplentes que estava em andamento. A agência acatou o pedido, a fim de não atrapalhar o andamento da iniciativa, já que um aumento provocaria uma queda na aderência dos consumidores. A estimativa do presidente da Compesa é de que, este ano, a estatal tenha uma economia de 20,9% com energia elétrica, o que lhe renderia R$ 23 milhões.
