quarta-feira, abril 01, 2015

Professores da rede estadual prometem parar atividades novamente nos dias 8 e 9 de abril

Bruno Campos/Folha de Pernambuco
Docentes fizeram assembleia em frente à casa legislativa

Os professores da rede estadual definiram, na tarde desta terça-feira (31), que pretendem fazer novas paralisações nos dias 8 e 9 de abril. Os atos devem ter os mesmos moldes dos realizados nas últimas quarta (25) e quinta (26). A possibilidade de deflagrar uma greve por tempo indeterminado será avaliada pela classe em uma assembleia marcada para o dia 10.
A deliberação sobre os rumos do movimento ocorreu em frente ao prédio da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na área central do Recife, onde foi votado e aprovado, em uma primeira rodada, o projeto de lei que define o reajuste do piso dos docentes. Em alguns momentos, houve tensão entre representantes da classe e deputados estaduais. Uma nova votação deve ocorrer na próxima semana, obedecendo à ordem regimental da Casa.
A proposta não agrada os professores, que alegam que somente os profissionais com Ensino Médio serão contemplados com o aumento de 13,01%. Já os ganhos para os docentes que têm licenciatura plena serão de 0,89%. A classe quer que o reajuste maior contemple todos os trabalhadores. Uma reunião com a Secretaria de Administração foi realizada na segunda (30), mas terminou sem acordo.
No fim da tarde desta terça, após a votação na Alepe, os docentes realizaram uma passeata em direção ao Palácio do Campo das Princesas. Segundo a Companhia de Trânsito e Trasporte Urbano (CTTU), o ato foi encerrado por volta das 18h30.
Já à noite, uma comissão de quatro integrantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) se reuniu com o secretário-executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto, e entregou uma pauta de reivindicações composta por 40 itens, entre eles, o cumprimento do reajuste do piso para toda a categoria. Segundo o presidente da entidade sindical, Fernando Melo, o secretário afirmou que o Governo manterá as negociações. "Ele nos garantiu isso e vamos cobrar esse diálogo", afirmou.
Fonte - Luiz Filipe Freire, com informações de Wilson Maranhão, da Folha de Pernambuco, e do Blog da Folha