Em entrevista ontem (22) na Rádio Liberdade AM, em Caruaru, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Áureo Cisneiros, denunciou novamente a grande insatisfação da categoria com a proposta das diárias a serem pagas pelo Governo do Estado no carnaval. Para Cisneiros, esse será um dos temas da Assembleia Geral da categoria, que ocorrerá no próximo dia 28 de janeiro às 18h na sede do sindicato. "Os ânimos vão estar muito exaltados nesta assembleia", disse em resposta a âncora da rádio, Ana Rebeca Passos.
Os policiais civis reclamam do valor das diárias propostas pelo Governo do Estado para o trabalho extra dos agentes no carnaval. Para a semana pré-carnavalesca, o Estado está propondo "diárias" de R$ 54,01 e, para o carnaval, R$ 120. O Sinpol exige o recebimento de horas-extras, de acordo com a Constituição Federal. Cisneiro explicou que ainda não obteve resposta quando a suas reivindicações. "A gente já mandou dois ofícios para o governo, mas até agora não tivemos notícia", disse.
O vice-presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti, reafirmou que as mobilizações da categoria estão em acordo com os anseios da sociedade. "Nós não queremos prejudicar a população. O que queremos é mostrar como está se dando a situação daqueles policiais que estão trabalhando para resguardar a vida da sociedade", detalhou.
O assessor jurídico do Sinpol, o advogado Jesualdo Campos, explicou a importância do policial civil na segurança pública. "O inquérito é o que indica a autoria do crime, é preciso que ele seja bem feito. Para isso, o policial civil deve ter as condições técnicas e profissionais. A polícia civil é quem realmente faz com que o criminoso seja colocado atrás das grades", disse.
Depois da entrevista na Rádio Liberdade, todos seguiram para uma reunião com a categoria na sede da Seccional de Caruaru. Lá, discutiram a importância de comparecer à Assembleia Geral, questões jurídicas do sindicato e a abertura da subsede do Sinpol no município, que será na primeira semana de fevereiro.