A
um público formado por micros e pequenos empresários filiados às Câmaras de
Dirigentes Lojistas (CDL) de municípios pernambucanos, o pré-candidato ao
governo do Estado, senador Armando Monteiro (PTB), afirmou que irá trabalhar
pela aprovação do projeto de lei que limita o uso da substituição tributária,
mecanismo no qual os empresários pagam os impostos antes mesmo de vender os
produtos. Caso seja aprovada, a matéria vai beneficiar diretamente os pequenos
empreendedores.
"Vou
me licenciar do Senado no dia 15 de julho, mas vou me licenciar depois de
aprovar, em última etapa, esse projeto, que é tão importante e que elimina a
substituição tributária de uma ampla gama de setores", afirmou o
pré-candidato ao governo, nesta segunda-feira (16), durante almoço com os
presidentes de CDL de 20 municípios. Relator da proposta, Armando Monteiro fez
questão de ressaltar que também será garantido um prazo para o recolhimento do
imposto de no mínimo 60 dias. “Essa figura da antecipação do pagamento do
imposto, que acaba o capital de giro das empresas, poderá acabar após a
aprovação desse projeto. Também vamos ter a conquista da ampliação dos setores
que vão entrar no Simples Nacional", garantiu Armando, sob aplausos de
mais de 110 representantes do setor, de todas as regiões do Estado.
Em
sua fala, o pré-candidato a governador alertou que Pernambuco, hoje, segundo
estudo da revista inglesa The Economist,
tem o pior ambienteno que diz respeito a questões regulatórias e tributárias.
"Vocês sabem qual foi o Estado do Brasil que mais aumentou a arrecadação
através do mecanismo de substituição tributária, aplicada a todos os optantes
do Simples Nacional, de 2010 para cá? Foi Pernambuco, com 408%. Nesses anos a
receita com substituição tributária aumentou 36%", apontou Armando.
Aos
micros e pequenos empresários, o pré-candidato a governador cravou que o
segmento não tem sido bem tratado nos últimos anos em Pernambuco. "Os
pequenos empresários representam uma legião anônima, porque não têm indústrias,
não frequentam as antessalas dos palácios, mas estão lá e ninguém vê. No
entanto, são eles que geram os empregos", afirmou.
Detalhando
alguns dados socioeconômicos do Estado, Armandoafirmou que Pernambuco, apesar
do crescimento da economia nos últimos anos, representa apenas 2,4% do Produto
Interno Bruto (PIB) do Brasil. Ele também citou que a renda dos pernambucanos é
a metade da média nacional, enquanto que, se comparado com o Sul, a população
do Estado possui um terço da renda dos sulistas.
“Dentro
de Pernambuco nós vivemos com desníveis regionais. O morador do Sertão, por
exemplo, possui um terço da renda do morador da Região Metropolitana. Cerca de
65% do PIB de Pernambuco está na Região Metropolitana. O nosso desafio é
garantir um desenvolvimento sustentável para corrigir esses desníveis que ainda
existem no nosso Estado”, assegurou.
Ao
final da palestra, Armando respondeu a perguntas elaboradas por presidente de
CDLs. Entre os temas abordados pelos dirigentes, estão a questão da segurança,
infraestrutura, criação de polos de industriais e de desenvolvimento no
interior, entre outros.
Crédito da foto: Léo Caldas/Divulgação