Renata Bezerra de Melo, da Coluna Folha Política
Renata Bezerra de Melo/Folha de Pernambuco
Só pouquíssimos convidados do senador Jarbas Vasconcelos sabiam que o governador Eduardo Campos apareceria, neste sábado (25), no almoço que o peemedebista ofereceu ao líder do PSDB, no Senado, Aloysio Nunes. O socialista chegou por último, por volta das 15h, e não fez questão de sair cedo - deixou a casa de praia de Jarbas, no Janga, às 22h, depois de algumas "saideiras" e de receber "dois torpedos" da primeira-dama, Renata Campos. Ao mesmo tempo em que conversava e opinava sobre assunto diversos, Campos mantinha o olho constantamente no celular, por onde monitorava os "rolezinhos". Parou quando teve a notícia de que estava tudo sob controle.
Na leitura do ex-governador de Pernambuco, o que atraiu Campos para o almoço foi a característica "agregadora" de Aloysio Nunes. O tucano paulista, aliás, que teve 11,6 milhões de votos para o Senado, é cotado para vice do presidenciável Aécio Neves, ainda que seja muito ligado ao ex-governador José Serra. A despeito da relação com Aloysio, Eduardo marcou presença em meio às articulações para composição da chapa majoritária estadual. Jarbas poderá tentar a reeleição, ocupando a vaga do Senado. A iniciativa do governador soou como "afago" ao aliado. Na semana passada, a cúpula do PMDB-PE delegou, ao senador, inclusive, "plenos poderes" de negociar a participação do partido na composição com o PSB.