terça-feira, março 28, 2017

DESMATAMENTOS NA MATA NORTE E AGRESTE DE PERNAMBUCO

Por: José Edinilson Costa
O segundo maior remanescente de Mata Atlântica do Nordeste, a Serra do Mascarenhas, vem sofrendo com muitos desmatamentos. O problema também atingem várias partes do Vale do Siriji e mediações. Os crimes ambientais vinham diminuindo paulatinamente a partir dos anos de 1990 até por volta de 2005. Mas voltaram a aumentar a partir de 2006 devido a falta de fiscalizações. A partir de 2015 até a presente data, a situação ficou catastrófica. Enquanto vários estados Brasileiros progrediram nas questões ambientais, aqui em Pernambuco regrediu. São terríveis as destruições! Reiteradas denúncias já foram feitas através da ONG IPDAPE aos órgãos ambientais do governo estadual, federal e municipal: CIPOMA, CPRH, IBAMA, MINISTÉRIO PÚBLICO ( que se manifestou pedindo investigações ) e SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE VICÊNCIA, e nada foi resolvido. No caso desta ultima, desde a gestão de José Rufino até a última gestão de Dr. Paulo, que fizemos muitos apelos para conter tais crimes, mas nenhuma “palha foi movida” durante esses 12 anos. A IPDAPE e a LOBO GUARÁ, juntamente com o Conselho Municipal de Meio Ambiente, vem articulando nessa nova gestão, através da secretaria de agricultura e meio ambiente ( com alguns passos já dado ), para solucionar o problema. As bananeiras que vem ocupando as áreas da mata nativa crescem rápido, descaracterizando rapidamente os crimes no local. As áreas com desmatamentos são várias, mas os mais graves são no Engenho Xixá em Timbaúba, e nas mediações do Pico do Mascarenhas ( Pedra do Mascarenhas), uma das partes mais belas da Serra, que dividem os municípios de Vicência, Macaparana e Timbaúba. E nessas mediações, estão as propriedades com grandes desmatamentos, como Águas Perdidas em Vicência; e os Britos. Os caminhões carregados de lenhas trafegam livremente cortando o município e até a cidade sem nenhum problema. Parece até que estamos à várias décadas atrás. Incêndios e barragens irregulares que comumente estouram causando enormes erosões e voçorocas, assoreando assim, os Riachos no sopé da serra, também fazem parte dos problemas.
A Serra do Mascarenhas abrange vários municípios e possui uma extensão aproximada de uns 30 km com algumas escarpas rochosas e muito íngremes, tendo uma altitude média de 450 a 500 m. Tendo partes que ultrapassam os 600m Várias cabeceiras de Riachos nascem nessa Serra para formar o Rio Siriji, além das fontes de água mineral ( com os desmatamentos, várias fontes já secaram). Norte da Serra nasce o Rio Capibaribe Mirim. A principal parte para atrações turísticas é o Pico do Jundiá ou Serra do jundiá, onde se desenvolve o turismo Religioso, o Ecoturismo, o Científico, o de esporte e aventura como o voo livre, e o contemplativo.
No dia 02/02/17, a IPDAPE, acompanhado pela PM e GM de Vicência, fez vistorias em algumas das áreas mencionadas acima, e constatou que os desmatamentos continuam avançando.
No programa CPRH Itinerante, realizado em Carpina, de 06 a 10 de fevereiro de 2017, participei no dia 07, onde fiz duras críticas em público, sobre os tais descasos mencionados.
O jornal VOZ DO PLANALTO publicou a matéria em agosto de 2016. Alguns dos principais jornais limitam-se apenas a notazinhas. Talvez porque o governo compra para distribuir para os professores da rede estadual.