quinta-feira, fevereiro 18, 2016

EDUARDO CAMPOS - São dois filhos nomeados: João Campos no Estado e Maria Eduarda na prefeitura do Recife

 Maria Eduarda e João Campos. Foto: Guta Matos/ JC Imagem
Uma frase que já vinha sendo repetida nos bastidores foi dita à exaustão ontem: “Mesmo se João Campos quisesse, a gente não deixaria ele ser vereador”. É parte da busca da “fórmula ideal” para acelerar a biografia de João Henrique Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos (PSB). Assim buscou-se um cargo no governo Paulo Câmara (PSB). Um no qual ele aprendesse a burocracia, fosse aprendiz e, ao mesmo tempo, tivesse contatos, mas sem obras ou metas. Encontrou-se um: a chefia de gabinete de Paulo. Atividade meio, com fim político.
João chega filho, herdeiro, com 22 anos, terminando o curso superior e sem experiência. Mas com agenda. Trabalhado para deputado federal em 2018, neste ano eleitoral sua função será ter contato com empresários, deputados e prefeitos. Eduardo esteve no posto, no segundo governo de Miguel Arraes.
Embora inexperiente, João dá ao cargo conotação que não se via desde a Era Campos. Na primeira gestão Eduardo, esteve no cargo Marcos Loreto, primo da viúva Renata Campos e hoje conselheiro do TCE. Depois não foram apenas técnicos: Renato Thiebaut, hoje assessor especial de Paulo; Rubens Júnior, na gestão de João Lyra (PSB); e Ruy Bezerra, na gestão de Paulo.
O governador agora faz da sua antessala incubadora política. Passa sinal confuso: de que, a despeito do esforço da gestão, o lado da política segue igual. Para acessar diretamente o poder basta o sobrenome. Em Pernambuco, por muito tempo era só ser um Cavalcanti. Hoje, basta ser um Campos. Fonte -  Por Giovanni Sandes - Pinga Fogo