Muito
boa, oportuna e corajosa a entrevista do deputado Raul Henry (PMDB) nas
páginas amarelas da revista Veja na qual joga o Congresso na parede
para votar, urgentemente, a lei de responsabilidade educacional.
Autor
da proposta, que apresentou há três anos, Henry propõe duras penas aos
governantes que entregarem a área de Educação pior do que receberam dos
seus antecessores. Na verdade, o que ele deseja é uma ruptura com o
atual sistema educacional.
De
65 países, o Brasil, que era o 53º da lista, agora no se encontra no
57º lugar, o que aponta para o descaso que o setor educacional é tratado
no País.
“Precisamos
no Brasil de algo que force uma ruptura com a situação de dormência
diante da tragédia nacional de Educação”, sugere Henry.
A
entrevista repercutiu intensamente nos meios políticos de Brasília,
tendo sido o assunto mais comentado ontem no Congresso e no centro do
poder, na Esplanada dos Ministérios.
Henry
admite que seu projeto enfrentará dificuldades para andar no Congresso,
porque, segundo ele, o ritmo da Casa é muito lento.
“As
manifestações de rua em junho serviram para dar um sentido de urgência
nas votações de projetos que se arrastavam. Infelizmente, aquele encanto
já se desfez e voltamos à inércia”, declarou.
Na
mesma revista, o ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, aponta a
educação como porta de saída para o programa Bolsa Família.
“Se
receberem educação de qualidade, as crianças beneficiadas pelo programa
se tornarão adultos capazes de chefiar famílias livres da pobreza”,
atesta.Blog do Magno Martins