segunda-feira, março 12, 2012

Ricardo Teixeira oficializa renúncia à presidência da CBF



Charge de Humberto, do Jornal do Commercio
Agora é definitivo. Ricardo Teixeira renunciou ao cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após 23 anos no comando. O anúncio foi feito por José Maria Marin, o novo presidente da entidade, em um evento que a princípio marcaria apenas a sua posse como presidente interino - e não definitivo. O fato novo foi Ricardo Teixeira, licenciado por motivo de saúde, entregar a carta-renúncia. Ele também deixa o Comitê Organizador Local para a Copa do Mundo de 2014.
"Eu, hoje, deixo definitivamente a presidência da CBF... Futebol em nosso país é associado a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos, exaltam o talento. Quando perdemos, a desorganização. Fiz o que estava ao meu alcance. Renunciei à saúde. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias", disse Ricardo Teixeira por meio de nota lida por Marin.
Ricardo Teixeira finalmente deixou a CBF (Foto: Agência Estado)
A gestão de Teixeira, que começou em 1989, teve como pontos altos a conquista brasileira de duas Copas do Mundo, em 1994 e 2002. A seleção também foi vice-campeã em 1998, na França. A vinda da Copa do Mundo para o Brasil em 2014 também teve influência dele, que é genro de João Havelange. Entretanto, os escândalos ao longo de seu mandato ficam como maior marca da era Ricardo Teixeira. Diversas acusações de corrupção recaem sobre o agora ex-presidente. A saída é, sem dúvida, pela porta dos fundos.
Ex-governador de São Paulo, Marín, de 79 anos, assume o cargo de presidente da CBF agora de forma definitiva pelo fato de o estatuto da CBF prever que o vice-presidente mais velho seja o substituto imediato de Teixeira. O ex-mandatário da entidade poderia ter escolhido qualquer um dos cinco vices, mas optou pelo dirigente paulista.
José Maria Marin, noco mandatário da CBF (Foto: Gazeta Press)
Havia um clamor nacional a pedido da saída de Ricardo Teixeira, há tempos. No entanto, ainda é difícil projetar o impacto que a mudança na presidência vai ter na CBF.JC on line