O
que o Fagner disse em relação ao episódio da transferência do domicílio
eleitoral do ex-ministro Ciro Gomes, do Ceará para São Paulo, é a mais
cristalina verdade. O ex-presidente Lula, classificado pelo cantor como
cafajeste, não foi correto com o aliado cearense, no momento em que
prometeu o céu e a terra, no caso aí o apoio para disputar o Governo de
São Paulo.E
depois, estranhamente, o abandonou. Isso não se faz, é canalhice mesmo!
Não se concebe, por outro lado, que um político com a experiência e o
traquejo de Ciro, tenha caído em tamanha armadilha. Foi, como disse
Fagner, um grande otário. Nem mídia ganhou. Ninguém o levou a sério e
acabou chupando o dedo.A
partir dessa pisada de bola, Ciro nunca mais foi o mesmo, está isolado
dentro do seu partido, o PSB, e sem projeto político. Embora seja uma
liderança nacional, Ciro não tem identidade com São Paulo, vem de uma
experiência incomparável com o maior colégio eleitoral do País, o Ceará,
Estado nordestino, com uma cultura diferenciada no trato com o eleitor.
Não
obstante ter disputado duas eleições presidenciais, faltou a Ciro
amadurecimento político e, portanto, discernimento, para não deixar ser
seduzido pelo canto de sereia do ex-presidente Lula. A única explicação
compreensível pode ser dada exclusivamente pela sede de poder.Blog do Magno Martins