A animadora Sharon Acioly e o empresário Antônio Dyggs compuseram Ai, se eu te pego
Arte sobre fotos: Érika Simona/ NE10
No princípio era um funk. Cerca de três anos depois, um megahit
mundial em ritmo de sertanejo. Até chegar ao topo das paradas de vários
países na voz do cantor paranaense Michel Teló,
"Ai, se eu te pego", música mais onipresente dos últimos meses,
percorreu um longo caminho de mudanças e sucesso em diversas cidades da
Bahia. Nenhum dos envolvidos imaginava a dimensão que a canção ganharia
globalmente. Mas, na onda do hit, todos os envolvidos já começaram ou
esperam começar a colher os frutos do sucesso.Começou assim. Em 2008, durante uma brincadeira de palco,
a animadora carioca Sharon Acioly, de 41 anos - que há 15 vive em Porto
Seguro, no Sul do estado -, apresentou ao público pela primeira vez os
versos "Nossa, nossa, assim você me mata / Ai se eu te pego, ai ai se eu
te pego". Ao fundo, tocava a batida do funk carioca. A dança que ajudou
a tornar a música famosa em todo o mundo também foi criada neste
momento. "Eu instigava a mulherada a cantar para os dançarinos (do
complexo de lazer Axé Moi) e era uma loucura. No palco, nós temos uma
espécie de termômetro. Quando todo mundo, sem exceção, levanta para
dançar, dá para ter mais ou menos a noção de se a coisa está fazendo
sucesso ou não", contou a animadora, por telefone, diretamente de Porto
Seguro.