Por: Redação OP9 - Os enterros das vítimas dos deslizamentos também foram marcados por cobranças aos governantes das áreas atingidas. A principal crítica partiu do arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, que, sem citar nomes, cobrou agilidade dos políticos. Desde março de 2019, 23 pessoas morreram em diferentes cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR) em decorrência de quedas de barreiras. Saburido participou nesta quinta-feira (25) do enterro do casal Natalício Vicente da Silva, de 69 anos, e Ivonete Maria da Silva, 63, que morreram soterrados em um deslizamento em Passarinho, na Zona Norte do Recife. Na ocasião, ele foi duro na advertência aos gestores públicos: “É preciso que os governantes aprendam essa lição. Esses fatos que acontecem devem nos levar a um questionamento muito sério. É claro que o governo vai dizer que não têm condições de resolver todas as questões. Mas a gente tem que trabalhar, tem que lutar, pra realmente privilegiar os pobres” Na despedida de Iraci Maria da Conceição, de 78 anos, que morreu soterrada por uma barreira na Rua Aquarela, em Águas Compridas, Olinda, o sentimento era o de que não foi simplesmente uma fatalidade, mas um desastre que poderia ter sido evitado. “A Prefeitura tem que prestar mais atenção, mandar as equipes, observar. Aquela barreira não tinha lona. Estava totalmente desprevenida”, denunciou Edvaldo Peixoto, vizinho da vítima.