Espaço para troca de experiências entre parlamentares dos países que integram o G-20, o Fórum Parlamentar chamado de P-20 está acontecendo em Brasília até esta sexta, dia 8, com o tema “Parlamentos por um mundo justo e um planeta sustentável”. Uma das discussões do primeiro dia foi "Combatendo desigualdades de gênero e raça e promovendo a autonomia econômica das mulheres", em mesa presidida pela senadora Teresa Leitão (PT-PE). As parlamentares e os parlamentares apresentaram um quadro da situação em seus respectivos países, e apresentaram soluções legislativas. Teresa Leitão ressaltou a necessidade de se promover políticas públicas concretas que garantam a equidade de gênero e o empoderamento das mulheres, com capacidade de impactar positivamente a vida das mulheres no mundo. Como experiência brasileira, destacou a Lei 14.611 de 2023, da qual foi uma das relatoras. A lei determina igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens, “um importante avanço em linha com a recomendação de desenvolver agendas e pautas legislativas para fortalecer os direitos das mulheres". Silvia Rucks del Bo, coordenadora residente da ONU no Brasil, destacou a importância de as mulheres ampliarem a ocupação dos cargos políticos (hoje, 27%) e gerenciais no mercado de trabalho (28%). “O empoderamento econômico garante mais estabilidade para as famílias e tradicionalmente sua participação torna o processo mais abrangente”, disse. Já o vice-presidente do Parlamento dos Emirados Árabes Unidos, Tariq Altayer, trouxe ao grupo o ganho que o PIB terá com a inserção das mulheres na economia global: cerca de R$ 26 trilhões de dólares.
Amplitude do evento - O P-20 conta com a participação de 35 delegações de 20 países. Nos três dias do evento, parlamentares discutem problemas e soluções para questões relevantes em áreas como economia, meio ambiente, inclusão, gênero e raça, segurança, entre outros. O G-20 é um fórum de cooperação econômica internacional criado em 1999. Reúne as 19 maiores economias do mundo, a União Europeia e a União Africana. O grupo responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e dois terços da população mundial.