Um grupo de trabalho dentro do Mapa-Ministério da Agricultura vem tratando na atualização da IN 13/05. Entretanto, apesar de desconsiderarem o principal estudo sobre a qualidade do produto fabricado no Brasil, utilizam de tal argumento para tentar proibir a produção da cachaça/aguardente da cana colhida através da queima controlada e legalizada pelos órgãos estaduais ambientais. Machado reforçou para Alexandre Andrade Lima, presidente da Feplana e da usina Coaf/PE, sua posição contraria a mudança porque prejudica a cadeira produtiva no NE. Informou que já falou a respeito com a ministra Tereza Cristina. E reforçou que a queima da cana na região é legalmente reconhecida pelo fato de reconhecer as questões topográficas que limitam tecnologias para fazer corte mecânico, por isso continua manual, situação que eleva a relevância social com a geração de milhares de empregos. O assunto será tratado entre Machado, a Feplana e o presidente Bolsonaro. A Feplana avalia que essas questões não podem ser descartadas nem os estudos técnicos onde mostram que a qualidade da bebida não sofre pela queima. A entidade não está sozinha nesta posição. Em nota, o Instituto Brasileiro de Cachaça, refuta que haja influência negativa baseada no que foi apresentado pelo GT do Mapa. Também chama atenção pelo fato de não terem levado em conta o maior estudo feito no Brasil, em 14 estados, por dois anos, no Programa Nacional de Monitoramento (PNM), tendo o Mapa e Ministério de Ciência e Tecnologia dentre os corresponsáveis do estudo. Andrade Lima aproveitará a reunião com Bolsonaro para abordar sobre essa pauta. “Tal mudança, da forma que está sendo realizada, parece até uma tentativa de criação de reserva de mercado para a cachaça de cana crua, em detrimento a da nordestina, esta que continua sendo considerada dentre as melhores do Brasil e mais competitiva neste tipo de negócio”, pontua.