sexta-feira, agosto 17, 2012

BEM VINDO À EXU - TERRA DE LUIZ GONZAGA

Cidade hoje é repleta de sinalizações lembrando que dali partiu o Rei do Baião




Praça na entrada do Exu exibe estátua de Luiz Gonzaga
 

Camarinhas funcionavam como rota de passagem para o alto da serra
Quem vem do Recife, seguindo pela BR-232 e depois em direção a PE-507, vê uma placa ao alto, logo na entrada do Exu, a 700 km da capital pernambucana, avisando que chegamos ao destino requerido: “Bem-vindo a Exu, terra de Luiz Gonzaga”. Vindo de Fortaleza, passando pela BR-020, BR-116 e, por fim, a BR-122, também não é difícil saber que aquela é a cidade onde o Rei do Baião nasceu e se criou.

Por todos os lados, paredes, placas, faixas e automóveis sinalizam a presença do sanfoneiro ilustre, seja com o nome estampado ou apenas com a imagem de Luiz Gonzaga. Chegando do Recife ou da capital cearense, o tempo de viagem de carro é de aproximadamente 8 horas. 

A cidade é minúscula. Em cerca de dois minutos, passando pela rodovia que corta Exu, a parte onde funciona o comércio e bairros da cidade, localizada no Alto Sertão pernambucano, já não é mais possível ser vista. Tem área territorial de 1.473,958 km². Faz fronteira com o Crato, no Ceará, Granito e Moreilândia. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes a 2007, a população do Exu é de 31.576.

Em prolongados períodos de seca, a vegetação de caatinga exibe paisagem cinzenta, de raras cenas verdejantes. No meio do ano, época de inverno, o clima se torna mais ameno, sobretudo à noite. No entanto, durante o dia, a sensação é de que o sol parece se aproximar da cidade, fazendo com que qualquer sombra encontrada seja valorizada. Apesar do sol forte, não há o desagradável mormaço predominante do litoral.

Ao norte, cruzando de leste a oeste, a Chapada do Araripe torna a paisagem sertaneja exuberante, de forma a esculpir o cenário exuense. A impressão que se tem é que a serra foi colocada ali, propositalmente, para proteger a cidade. Na subida da Serra do Araripe, indo em direção ao Crato e demais cidades da região do Cariri, o cenário fica ainda mais belo, com a vista do alto do Exu, no pé da serra. Paisagem semelhante é possível ser visualizada das chamadas camarinhas, um atalho por onde trafegavam os habitantes, bem na beirada da chapada, para chegar ao ponto mais alto da serra. A entrada é pela Fazenda Gameleira.Folha de PE